Pandemia e responsabilidade
a pessoa no centro do tabuleiro
Resumo
Completa-se, enfim, o último quadrimestre do mais insólito ano há muito não vivido. O sofrimento imposto à humanidade em 2020 que, desde março, provoca tamanhas incerteza e insegurança ainda turva a visão de futuro, mas já se podem entrever lições a serem colhidas. A premência de lidar com pandemia altamente infecciosa demandou de todos, cada um em sua área, atenção e atuação quase exclusivas. Os impactos da catástrofe reverberaram, claro, no tema da responsabilidade civil, que incorporou novos desafios a seu amplo espectro de atuação. À história caberá retratar esse hiato na linha de transcurso regular dos acontecimentos, e não faltará matéria-prima para sociólogos, filósofos e economistas num mundo em radical transformação; mas por qualquer ângulo pelo qual se enfoque o problema, da análise sobressairá a preocupação com o essencial: a pessoa humana e seus valores existenciais a serem tutelados pelo ordenamento jurídico com máxima prioridade.