Vazamentos de dados e dano moral 'in re ipsa'
comentários ao Agravo em Recurso Especial nº 2.130.619/SP
DOI:
https://doi.org/10.37963/iberc.v6i2.258Palavras-chave:
Vazamentos de dados pessoais, ilícito lucrativo, responsabilidade sub-objetiva, sistema probatório, dever de uniformização de jurisprudência, dor ou sofrimento e retorno ao status primitivoResumo
O julgamento do agravo em recurso especial nº 2.130.619, pelo Superior Tribunal de Justiça, evidenciou que o vazamento de dados pessoais não sensíveis, por si só, não enseja em danos morais. Por isso, o presente trabalho é dividido em dois blocos, sendo o primeiro para demonstrar o erro do STJ no tocante a irrelevância de distinção de dados sensíveis ou não à luz da LGPD, com consequentes reflexos no sistema probatório, dever de uniformização da jurisprudência e retorno ao status primitivo de dano moral como dor ou sofrimento; e o segundo é uma abordagem sobre o ilícito lucrativo no tratamento de dados pessoais e a necessidade de uma nova forma de reparação, através da responsabilidade sub-objetiva, que mescla a análise da culpa no quantum reparatório e a irrelevância da culpa para existência da responsabilidade. Cite-se que na construção deste trabalho foram utilizados jurisprudências, artigos e Leis.